
Reuniões intermináveis, decisões travadas, e no final… tudo adiado para a próxima reunião. Já passou por isso?
O problema? Ninguém sabe exatamente quem faz o quê nem quem tem a palavra final. Sem clareza, decisões viram disputas silenciosas ou terminam num limbo.
Nesse contexto, muitas organizações recorrem a frameworks bem estabelecidos, como o RACI. Ele é útil para alinhamento de quem é responsável, quem aprova, quem precisa ser consultado e quem deve ser informado ao longo de um processo.
O RACI é útil para processos complexos e bem estruturados, mas pode se tornar burocrático e desmotivar líderes que precisam de agilidade. Felizmente, existe uma alternativa mais ágil e prática: o RAPID, desenvolvido pela Bain.
RACI x RAPID: qual é a diferença? O RACI distribui responsabilidades dentro de um processo. O RAPID distribui papéis na tomada de decisão. Um estrutura a execução, o outro estrutura as escolhas.
No RAPID, os papéis são distribuídos assim:
Recommend (recomenda): Quem propõe a decisão com base em análise e dados.
Agree (concorda): Quem precisa concordar com a decisão antes de seguir adiante.
Perform (executa): Quem implementa a decisão e coloca o plano em prática.
Input (fornecer insumos): Quem contribui com informações para embasar a decisão.
Decide (decide): Quem tem a palavra final e assume a responsabilidade pelo resultado.
Ou seja: use o RACI quando o objetivo for mapear responsabilidades operacionais em processos contínuos e estruturados. E use o RAPID quando o foco for em acelerar decisões estratégicas, garantindo clareza sobre quem decide o quê.
Exemplo prático do RAPID: Imagine que sua empresa precise fechar contrato com um novo fornecedor. O gerente de compras recomenda sua melhor opção. O financeiro avalia os custos e aprova. O jurídico analisa os riscos. O diretor de operações toma a decisão final. Com isso definido, a equipe de compras executa. Sem reuniões desnecessárias, sem idas e vindas.
Quando os papéis estão claros desde o início, a decisão acontece rápido e sem desgastes. Quanto menos gente na decisão, melhor. Ferramentas digitais ajudam, mas o essencial é revisar periodicamente se a estrutura continua funcionando.
Se sua empresa ainda perde tempo com decisões arrastadas, estruturar quem decide o quê pode destravar velocidade e eficiência.
Na mentoria executiva, ajudo líderes a destravar decisões estratégicas, reduzir burocracia e acelerar resultados sem perder governança. Quer aplicar isso na sua empresa? Vamos conversar.