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Você não precisa liderar sozinho

  • Foto do escritor: Andre Felippa
    Andre Felippa
  • há 3 dias
  • 3 min de leitura
Você não precisa liderar sozinho

Você tem feito tudo o que pode para tomar as melhores decisões?

Dados, tecnologia e inteligência artificial oferecem clareza, mas não completam o quadro. Decisões relevantes exigem algo além: diálogo qualificado, contraste de visões e a capacidade de enxergar o contexto de fora.

É justamente aí que muitos líderes encontram seus pontos cegos — não por falta de competência, mas por falta de companhia qualificada para pensar.

Liderar não precisa ser solitário. Há diferentes formas de sustentar clareza, expandir perspectivas e reduzir o isolamento que acompanha quem ocupa posições de liderança.

Abaixo, compartilho seis formatos que já experimentei, e que podem ajudar bastante a dividir o peso e elevar a qualidade das suas decisões:

1. Mentoria de Líderes

Provavelmente o formato mais direto e transformador. Oferece um espaço confidencial e estruturado para discutir dilemas reais com alguém que já viveu desafios semelhantes. O mentor traz repertório, contexto e experiência prática, questionando e ampliando a visão do líder. O valor está em ter ao lado alguém que entende o jogo e ajuda a pensar com maturidade. Mas depende da abertura do próprio líder: quanto mais transparente e flexível, mais impacto o processo pode ter.

2. Conselho de Advisors

Um pequeno grupo de confiança, composto por pessoas com repertórios distintos, que oferecem visões complementares e ajudam a calibrar decisões críticas. É um formato ágil e estratégico, uma espécie de board pessoal. A limitação surge quando falta estrutura: sem método ou facilitação, as conversas podem ficar dispersas e pouco acionáveis.

3. Grupos de Pares Estruturados

Masterminds recorrentes de executivos, conduzidos por facilitadores treinados, criam um espaço seguro de troca e aprendizado entre iguais. Ouvir as vivências de outros líderes ajuda muito a resolver seus próprios desafios. O valor está na pluralidade de contextos e na disciplina de reflexão coletiva. O ponto de atenção é a frequência: agendas fixas e encontros mensais podem não acompanhar a urgência das decisões.

4. Mentoria Reversa

Trocas com profissionais mais jovens ou especialistas, voltadas a desafiar perspectivas e atualizar conhecimentos. É um formato que amplia repertório e empatia, trazendo oxigenação à forma de pensar. Naturalmente, é mais nichado: costuma girar em torno de temas específicos como tecnologia, comportamento ou cultura.

5. Rede Informal de Confiança

São colegas, amigos, ex-parceiros de trabalho, pessoas de confiança com quem se pode conversar sem reservas. Essas trocas aliviam a carga emocional e ajudam a reorganizar ideias, especialmente em momentos de incerteza. O desafio é a ausência de método e algum risco de confidencialidade. São apoios valiosos, especialmente se complementados com formatos mais estruturados.

6. Eventos e Fóruns Executivos

Ambientes de alto nível que reúnem líderes para trocar experiências, aprender e ampliar o network. Servem para renovar a energia e oxigenar as ideias. A profundidade e a confidencialidade, no entanto, são menores, e o aprendizado tende a ser mais inspiracional do que prático, diluindo-se depois do evento.

Nenhum modelo é perfeito, mas todos oferecem formas legítimas de pensar melhor e evitar a sobrecarga de decidir sozinho.

Com tantas opções, certamente existe uma que se encaixa no seu momento, no seu contexto e no seu estilo de liderança.

Em minha trajetória como executivo e mentor tenho apoiado líderes das mais diversas formas, e ajudado profissionais a construir seus próprios ecossistemas de suporte. Se quiser conversar a respeito, ou se deseja contar com a ajuda de um mentor experiente, entre em contato.

 
 
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