À medida que a tecnologia e as mudanças no mundo dos negócios se aceleram, as empresas procuram cada vez mais parcerias e modelos sinérgicos com startups e pequenas empresas, como uma fonte de ideias inovadoras e oportunidades de crescimento.
Uma maneira eficaz de explorar o ecossistema de startups é por meio de um programa de CVC (Corporate Venture Capital).
O corporate venture capital, que pode ser traduzido como capital de risco corporativo, é o esforço de uma corporação em criar iniciativas empreendedoras através do investimento em startups promissoras, o que pode beneficiar tanto as startups quanto a corporação.
E o que difere entre o modelo CVC e o Venture Capital ‘tradicional’? A principal diferença está no tipo de retorno esperado: enquanto uma estratégia de Venture Capital visa principalmente o retorno financeiro, o CVC tem um componente estratégico muito mais forte, alinhado ao futuro de longo prazo da corporação.
Para as startups participantes, o CVC fornece o capital necessário, bem como acesso aos recursos e expertise da corporação. Para a corporação, os programas de CVC oferecem vários benefícios; segundo a ABVCAP, a principal motivação das corporações ao estabelecer programas de CVC, é preparar-se para disrupções futuras e criar novos negócios. Detalhando mais os benefícios:
Acesso a tecnologias de ponta, processos e/ou ideias inovadoras, seja para aplicação em novos produtos ou serviços, ou para aprimoramento rápido e eficaz dos já existentes.
Possibilidade de testar projetos e modelos de negócio mais disruptivos com baixo custo e sem afetar o ‘core business’. Por exemplo, no Brasil várias empresas vêm usando o CVC para criar e acelerar projetos de ESG, blockchain, metaverso e I.A.
Parcerias para testar, aprimorar e escalar canais de acesso a novos mercados e segmentos.
A empresa pode formar parcerias ou mesmo adquirir empresas que estavam sob CVC, com menor risco e maior probabilidade de retorno, graças aos dados e insights mais conhecidos.
Dependendo do tipo de projeto no CVC, a empresa poderá também beneficiar-se de incentivos fiscais do governo, como a Lei do Bem e a Finep, por exemplo.
As startups que recebem investimento do CVC podem ser um canal para recrutar e desenvolver talentos com um perfil mais criativo, inovador e empreendedor. Os funcionários da startup podem depois ingressar na corporação, trazendo novas habilidades, culturas e ideias.
Um programa de CVC é também uma forma de diversificar a carteira de investimentos de uma empresa, com relativamente baixos riscos e potencial de altos retornos financeiros.
Embora o Brasil ainda esteja atrás de outros mercados internacionais, representando apenas 2% dos investimentos em CVC no mundo, o crescimento por aqui está bastante acelerado, e já há várias empresas de renome como a Natura, Vale, Randon, Renner e EDP com programas de CVC robustos e comprovados.
Dito isso, vale lembrar que este modelo não é apenas para as big holdings: empresas de médio porte podem se utilizar de parceiros de “CVC-as-a-service”, como Deloitte, Distrito, Redpoint, Ace, Valetec e outras similares, para simplificar a implantação e a gestão, e ao mesmo tempo reduzir os riscos e os tempos de implementação.
Claro, existem desafios para se estabelecer um programa CVC, incluindo justificar o tempo e os recursos necessários, e gerenciar o risco inerente dos investimentos iniciais. No entanto, para muitas empresas voltadas para o futuro e orientadas para a inovação, especialmente aquelas que enfrentam disrupção, os benefícios potenciais do CVC podem superar em muito os custos e riscos.
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