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Planejamento anual ainda faz sentido?

  • Foto do escritor: Andre Felippa
    Andre Felippa
  • 8 de set.
  • 2 min de leitura
Estrategia adaptativa com IA

Setembro chega e as agendas corporativas se voltam para o próximo ciclo.

A mesma pergunta reaparece: até que ponto vale investir tempo em planejamentos detalhados quando sabemos que o mundo dos negócios muda tão rápido?

O valor do ritual estratégico

Minha experiência é clara: o planejamento estratégico deve existir, e como ritual estruturado.

Sem ele, a operação tática toma conta de tudo. O dia a dia de urgências e entregas cria um vácuo se não houver um momento protegido para refletir, repriorizar e alinhar. Planejamento não é mera formalidade. É disciplina organizacional com foco em ampliar probabilidades de sucesso.

Mas cuidado com excessos

O rito de planejamento, no entanto, não pode cair no excesso. Processos longos, burocráticos, cheios de cenários improváveis, etapas de aprovação e análises excessivas acabam gerando desgaste em vez de clareza.

Meu ponto não é abandonar o planejamento, mas calibrar o esforço e alinhar expectativas. O que importa é esclarecer prioridades e prover a direção, sem criar complexidade desnecessária.

A nova aliada

A inteligência artificial tem demonstrado grande valor para a estratégia. Ela encurta pesquisas, acelera diagnósticos, gera cenários de risco em minutos, acompanha movimentos da concorrência e simula resultados financeiros complexos em uma fração do tempo.

O ganho é evidente: planos mais ágeis, profundos e conectados à realidade. Assim, o papel do líder muda. Menos tempo montando planilhas, mais tempo criando bons briefings, fazendo provocações, priorizando escolhas e direcionando a equipe com clareza.

Ainda assim, nenhuma tecnologia substitui o fator humano. A força está na cocriação: pessoas, tecnologia e diferentes áreas trabalhando juntas. Experiências se somam, conhecimentos se ampliam e o engajamento cresce. Quem participa da construção do plano tende a se comprometer mais com sua execução.

A vantagem da adaptabilidade

Planejamento de qualidade não é rigidez, mas também não é improviso. É criar um espaço estruturado para refletir, ao mesmo tempo em que se preserva a flexibilidade para ajustar ao longo do tempo. A tecnologia entra como parceira para dar velocidade e profundidade, sem substituir o julgamento humano.

Outro ponto essencial é a diversidade de perspectivas. Envolver diferentes áreas e talentos mantém o plano realista e engajante, sempre com clareza na decisão final — mas sem que ela fique “escrita em pedra”.

No fim, o que diferencia líderes é a habilidade de transformar o planejamento em um guia vivo, útil para priorizar recursos e orientar a execução.

Convite à reflexão

Se você está iniciando um ciclo de planejamento, a questão não é “planejar ou não”, mas como garantir que o plano seja estruturado e adaptativo.

Se esse tema também está no seu radar, vamos conversar sobre novas formas de transformar o planejamento em impulso estratégico.

 
 
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